MACRO VISÃO SEMANAL - 26/05/2025 a 30/05/2025
- sinbevidros
- 3 de jun.
- 7 min de leitura

Dados da economia brasileira e internacional na semana de 26/05 a 30/05
Síntese da semana
Agenda econômica para a semana: de 02/06 a 06/06
Dados da Economia Brasileira na semana: 26/05 a 30/05
Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 23 de maio, indica que o IPCA de 2025 deverá encerrar em 5,50%. Em relação ao PIB, a expectativa de crescimento aumentou para 2,14%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado é de R$/US$ 5,80 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic foi mantida em 14,75% a.a.
Índice de Confiança do Consumidor (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Consumidor do mês de maio encerrou em 86,7 pontos, aumento de 1,9 ponto em relação ao mês imediatamente anterior, quando marcou 84,8 pontos, dados com ajuste sazonal. O aumento no Índice de Confiança em maio foi puxado, sobretudo, pelo componente de Situação Atual, que avançou 2,9 pontos, fechando o mês em 84,0 pontos, ante o resultado de 81,1 pontos registrado em abril. O componente de Expectativas, por sua vez, aumentou 1,0 ponto na passagem mensal, encerrando aos 89,1 pontos. Em abril, o componente havia marcado 88,1 pontos.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15/IBGE): o IPCA-15 registrou aumento de 0,36% no mês de maio, após alta de 0,43% em abril. Esse resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que apontava para alta de 0,45%. Os preços livres apresentaram aumento de 0,26%, enquanto os preços administrados registraram alta de 0,64%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 registra elevação de 5,40%, com alta dos preços livres (+5,61%) e dos preços administrados (+4,80%).
Índice de Confiança da Construção (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Construção diminuiu 0,3 ponto em maio na comparação com o mês anterior, encerrando em 93,3 pontos, na série sem influência sazonal. Em abril, o indicador havia registrado 93,6 pontos. O componente de Situação Atual encerrou em 92,2 pontos, redução de 0,4 ponto em relação ao mês anterior, quando marcou 94,6 pontos. O Índice de Expectativas, por sua vez, teve queda de 0,2 ponto em maio ao encerrar o mês em 94,6 pontos, ante o resultado de 94,8 pontos em abril.
Atividade do Comércio (Serasa): o Indicador de Atividade do Comércio de abril teve leve recuo de 0,1% na comparação com o mês anterior, considerando os dados com ajuste sazonal. Em comparação com o mesmo período de 2024, a Atividade do Comércio apresentou alta de 4,4%. Já no acumulado em 12 meses, foi registrado aumento de 4,2% da Atividade do Comércio.
Balança Comercial Semanal (Secex): o saldo médio diário da balança comercial foi de US$ 395,3 milhões em maio de 2024 para US$ 405,2 milhões em média diária até a quarta semana de maio de 2025. O saldo acumulado até a quarta semana de maio de 2025 é de US$ 6,5 bilhões. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 24,2 bilhões (de janeiro a maio de 2025).
Índice de Confiança da Indústria (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Indústria encerrou o mês de maio em 98,9 pontos, aumento de 0,9 ponto em relação a abril (98,0 pontos), considerando dados sem influência sazonal. O aumento no Índice de Confiança em maio foi puxado pelo componente de Expectativas, que avançou 2,7 pontos, fechando o mês em 98,7 pontos, ante o resultado de 96,0 pontos registrado em abril. O componente de Situação Atual, por sua vez, diminuiu 1,0 ponto na passagem mensal, encerrando aos 99,1 pontos. Em abril, o componente havia marcado 100,1 pontos. Já o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) aumentou 0,7 p.p. em maio, registrando 83,7% no mês na série sem efeitos sazonais, ante o resultado de 83,0% do mês anterior.
Sondagem da Indústria da Construção (CNI): a Sondagem da Indústria da Construção registrou 47,3 pontos em abril de 2025, o que representa uma redução de 1,1 ponto em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando encerrou em 48,4 pontos. Com esse resultado, a indústria da construção sinaliza retração do nível de atividade. Resultados acima dos 50,0 pontos indicam aumento do nível de atividade do setor e abaixo, retração.
Rumos da Indústria Paulista (FIESP): a pesquisa Rumos da Indústria Paulista, com o tema Mercado de Trabalho avaliou que 87,3% das indústrias de São Paulo buscaram contratar funcionários entre 2024 e março de 2025. Desse contingente, quase 8 em cada 10 conseguiram realizar a contratação. Para 77,0%, o processo foi difícil ou muito difícil. Confira os resultados completos aqui.
Levantamento de Conjuntura (FIESP): três dos quatro indicadores acompanhados pela pesquisa Levantamento de Conjuntura apresentaram movimento negativo no mês de abril. Os salários reais médios se destacaram por apresentar a variação mais negativa, de -0,7% na comparação com março. As horas trabalhadas na produção reduziram 0,3% na leitura atual, enquanto o NUCI caiu 0,2 p.p., ao passar de 78,3% em março para 78,1% no mês de abril. Na passagem mensal, apenas as vendas reais apresentaram alta, com variação de +0,2% sobre março. Todos os dados contam com ajuste sazonal. Confira a nota completa aqui.
Taxa de desemprego (PNAD Contínua/IBGE): a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre móvel finalizado em abril. Esse resultado corresponde a um contingente de aproximadamente 7,3 milhões de desempregados. A pesquisa registrou aumento de 1,4% na quantidade de pessoas na força de trabalho na comparação entre o trimestre encerrado em abril de 2025 e o mesmo período de 2024. Entre as pessoas ocupadas, houve alta de 2,4% na mesma base de comparação. Já a massa de rendimento cresceu 5,9% no trimestre móvel encerrado em abril de 2025 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Nível de emprego no Brasil (CAGED): o Brasil registrou saldo positivo de 257.528 vagas de emprego formal no mês de abril. A Indústria Geral apresentou resultado positivo de 35.068 vagas de emprego no mês. A Indústria de Transformação, por sua vez, registrou criação de 31.199 vagas entre contratações e demissões, com destaque positivo para os seguintes setores: Alimentos (+5.278), Petróleo e Biocombustíveis (+4.401) e Produtos de Metal (+1.801).
Nível de emprego em São Paulo (CAGED): a estado de São Paulo apresentou saldo líquido positivo de 72.283 vagas no mês de abril. Nesse mês, a Indústria Geral paulista registrou resultado positivo de 9.381 vagas de trabalho formal e a Indústria de Transformação paulista foi responsável pela criação de 9.037 vagas entre contratações e demissões, com destaque positivo para os seguintes setores: Alimentos (+3.859), Petróleo e Biocombustíveis (+1.752) e Borracha e Plástico (+990).
Índice Geral de Preços - Mercado (Ibre/FGV): o IGP-M caiu 0,49% em maio, abaixo da expectativa do mercado (-0,35%). No mês anterior, o índice havia registrado aumento de 0,24%. Quando analisados os componentes do IGP-M, o IPA-M registrou deflação de 0,82% em maio. O IPC-M, por sua vez, avançou 0,37% no período. Por fim, o INCC-M subiu 0,26% na leitura atual. No acumulado em 12 meses, o IGP-M apresenta aumento de 7,02%. O componente com a maior alta nessa métrica é o IPA-M, com avanço de 7,68%, seguido pelo INCC-M, com alta de 7,17%, e pelo IPC-M, com aumento de 4,57%.
Índice de Confiança do Comércio (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Comércio registrou 88,7 pontos em maio, alta de 1,2 ponto em relação ao mês anterior (87,5 pontos em abril), dados com ajuste sazonal. O aumento no Índice de Confiança em maio foi puxado pelo componente de Situação Atual, que avançou 5,2 pontos, fechando o mês em 93,4 pontos, ante o resultado de 88,2 pontos registrado em abril. O componente de Expectativas, por sua vez, teve queda de 3,0 pontos na passagem mensal, encerrando aos 84,5 pontos. Em abril, o componente havia marcado 87,5 pontos.
Índice de Confiança de Serviços (Ibre/FGV): o Índice de Confiança de Serviços subiu 1,5 ponto na passagem mensal para maio, encerrando o mês em 91,9 pontos, na série sem influência sazonal. Em abril, o indicador havia registrado 90,4 pontos. O aumento no Índice de Confiança em maio foi puxado, sobretudo, pelo componente de Expectativas, que aumentou 2,6 pontos, fechando o mês em 89,8 pontos, ante o resultado de 87,2 pontos registrado em abril. O componente de Situação Atual, por sua vez, subiu 0,4 ponto na passagem mensal, encerrando aos 94,2 pontos. Em abril, o componente havia marcado 93,8 pontos.
Produto Interno Bruto (IBGE): o PIB brasileiro apresentou aumento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior, dado com ajuste sazonal. Pelo lado da oferta, a Agropecuária teve forte alta de 12,2%, enquanto o setor de Serviços aumentou 0,3%. Já a Indústria Total, por sua vez, registrou recuo de 0,1%. Dentre as Atividades Industriais, houve alta de 2,1% na Indústria Extrativa e de 1,5% no setor de Eletricidade e Gás, Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos (SIUP). Por outro lado, a Indústria de Transformação registrou queda de 1,0% no mesmo período, enquanto houve redução de 0,8% na Construção. Pela ótica da demanda, os Investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) registraram aumento de 3,1%, seguidos pelo Consumo das Famílias, com expansão de 1,0%. O Consumo do Governo, por sua vez, teve leve crescimento de 0,1%. Em relação ao setor externo, as Exportações aumentaram 2,9%, enquanto as Importações cresceram 5,9%.
Síntese da semana:
A agenda econômica da semana teve como destaques os indicadores do mercado de trabalho, as sondagens setoriais e a divulgação do PIB referente ao primeiro trimestre de 2025.
O CAGED registrou a criação de 257,5 mil novas vagas de emprego formal em abril, superando a expectativa do mercado, que era de geração de 170 mil vagas. Já a taxa de desemprego encerrou abril em 6,6%, o menor nível para o período desde o início da série. Esses resultados reforçam a continuidade do mercado de trabalho aquecido.
Segundo a FGV, o Índice de Confiança da Indústria aumentou 0,9 ponto em maio, alcançando 98,9 pontos, desempenho influenciado principalmente pela melhora da expectativa para os próximos meses. Além disso, a confiança do setor de serviços avançou 1,5 ponto no período, enquanto a do comércio subiu 1,2 ponto no mês.
Por fim, o PIB registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, próximo da projeção da FIESP e da expectativa do mercado, ambas de alta de 1,5%. O desempenho da atividade no período foi influenciado sobretudo pelo desempenho da agropecuária, em virtude da forte safra de grãos no início do ano. Por outro lado, foi observada uma desaceleração da indústria, com destaque para a indústria de transformação, que caiu 1,0% no primeiro trimestre, após quatro trimestres consecutivos de crescimento. O consumo das famílias (+1,0%) foi favorecido pela continuidade do mercado de trabalho aquecido e pelo aumento da renda. A formação bruta de capital fixo (+3,1%) continuou resiliente. Já o setor externo teve contribuição negativa, com crescimento mais forte das importações (+5,9%) vis-à-vis o crescimento das exportações (+2,9%).
Agenda Econômica para a próxima semana: 02/06 a 06/06
02/06/2025 (Segunda-feira):
Banco Central divulga o Relatório Focus.
S&P Global divulga o PMI Indústria do Brasil, da Alemanha, da Zona do Euro e dos Estados Unidos.
03/06/2025 (Terça-feira):
IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal (PIM).
04/06/2025 (Quarta-feira):
S&P Global divulga o PMI Composto e o PMI Serviços do Brasil, da Alemanha, da Zona do Euro e dos Estados Unidos.
05/06/2025 (Quinta-feira):
Secex divulga a Balança Comercial Mensal.
06/06/2025 (Sexta-feira):
FGV divulga o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).
CNI divulga os Indicadores Industriais.
Anfavea divulga a Produção Total de Veículos.
Bundesbank divulga a Produção Industrial da Alemanha.
Fonte: FIESP
Comments