MACRO VISÃO SEMANAL

sinbevidros
há 3 dias
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Veja os destaques:

- Dados da economia brasileira e internacional na semana de 23/06 a 27/06

- Síntese da semana

- Agenda econômica para a semana: de 30/06 a 04/07

Dados da Economia Brasileira na semana: 23/06 a 27/06

Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 20 de junho, indica que o IPCA de 2025 deverá encerrar em 5,24%. Em relação ao PIB, a expectativa de crescimento oscilou para 2,21%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado é de R$/US$ 5,72 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic foi elevada para 15,00% a.a.

Sensor (FIESP): o Sensor encerra junho em 47,7 pontos. Abaixo dos 50,0 pontos, a percepção dos empresários é de contração da atividade do setor no mês. O componente de mercado (que representa a percepção sobre o setor de atuação) marca 45,3 pontos na leitura atual. As vendas marcam 48,6 pontos em junho. Os estoques fecham junho em 44,0 pontos. Os empregos encerram aos 49,0 pontos em junho. Por fim, o indicador de investimentos registra 51,6 pontos em junho. Todos os dados acima contemplam o tratamento sazonal. Confira a nota completa aqui.

Índice de Confiança do Consumidor (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Consumidor do mês de junho encerrou em 85,9 pontos, redução de 0,8 ponto em relação ao mês imediatamente anterior, quando marcou 86,7 pontos, dados com ajuste sazonal. A redução no Índice de Confiança em junho foi puxada, sobretudo, pelo componente de Situação Atual, que recuou 1,1 ponto, fechando o mês em 82,9 pontos, ante o resultado de 84,0 pontos registrado em maio. O componente de Expectativas, por sua vez, diminuiu 0,4 ponto na passagem mensal, encerrando aos 88,7 pontos. Em maio, o componente havia marcado 89,1 pontos.

Balança Comercial Semanal (Secex): o saldo médio diário da balança comercial foi de US$ 316,4 milhões em junho de 2024 para US$ 298,3 milhões em média diária até a terceira semana de junho de 2025. O saldo acumulado até a terceira semana de junho de 2025 é de US$ 4,2 bilhões. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 28,6 bilhões (de janeiro a junho de 2025).

Índice de Confiança da Construção (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Construção aumentou 0,7 ponto em junho na comparação com o mês anterior, encerrando em 94,0 pontos, na série sem influência sazonal. Em maio, o indicador havia registrado 93,3 pontos. O aumento no Índice de Confiança em junho foi puxado pelo componente de Expectativas, que avançou 1,7 ponto, fechando o mês em 96,3 pontos, ante o resultado de 94,6 pontos registrado em maio. O componente de Situação Atual, por sua vez, diminuiu 0,2 ponto na passagem mensal, encerrando aos 92,0 pontos. Em maio, o componente havia marcado 92,2 pontos.

Sondagem Industrial (CNI): a produção da indústria brasileira encerrou o mês de maio em 49,1 pontos, considerando os dados sem influência sazonal. Esse resultado corresponde a uma leve queda de 0,1 ponto em relação ao mês anterior (49,2 pontos em abril) e sinaliza retração da atividade pelo quarto mês consecutivo. Resultados acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade e abaixo desse nível, retração.

Índice de Confiança do Empresário Industrial de São Paulo (FIESP/CNI): o ICEI-SP encerra junho/25 em 45,8 pontos. Esse resultado mantém a sinalização de pessimismo do setor. As condições atuais encerram junho/25 em 41,8 pontos. Abaixo dos 50,0 pontos, há sinalização de pessimismo dos industriais paulistas em relação às condições atuais. O indicador de expectativas fecha junho/25 em 47,8 pontos. Abaixo dos 50,0 pontos, o indicador sinaliza pessimismo dos empresários industriais paulistas para os próximos seis meses. Confira a nota completa aqui.

Sondagem Industrial do Estado de São Paulo (FIESP/CNI): segundo os empresários industriais paulistas, o volume produzido em maio/25 apresentou queda (49,4 pontos). Apesar da alta tanto se comparado a abril/25 (48,9 pontos) quanto em comparação a maio/24 (47,9 pontos), o resultado não foi suficiente para alterar a sinalização de redução dos meses anteriores, por se manter abaixo dos 50,0 pontos. Confira a nota completa aqui.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15/IBGE): o IPCA-15 registrou aumento de 0,26% no mês de junho, após alta de 0,36% em maio. Esse resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que apontava para alta de 0,30%. Os preços livres apresentaram aumento de 0,12%, enquanto os preços administrados registraram alta de 0,65%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 registra elevação de 5,27%, com alta dos preços livres (+5,34%) e dos preços administrados (+5,07%).

Índice de Confiança da Indústria (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Indústria encerrou o mês de junho em 96,8 pontos, redução de 2,1 pontos em relação a maio (98,9 pontos), considerando dados sem influência sazonal. O componente de Situação Atual encerrou em 97,0 pontos, redução de 2,1 pontos em relação ao mês anterior, quando marcou 99,1 pontos. O Índice de Expectativas, por sua vez, teve queda de 2,2 pontos em junho ao encerrar o mês em 96,5 pontos, ante o resultado de 98,7 pontos em maio. Já o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) aumentou 0,2 p.p. em junho, registrando 83,9% no mês na série sem efeitos sazonais, ante o resultado de 83,7% do mês anterior.

Taxa de desemprego (PNAD Contínua/IBGE): a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,2% no trimestre móvel finalizado em maio. Esse resultado corresponde a um contingente de aproximadamente 6,8 milhões de desempregados. A pesquisa registrou aumento de 1,4% na quantidade de pessoas na força de trabalho na comparação entre o trimestre encerrado em maio de 2025 e o mesmo período de 2024. Entre as pessoas ocupadas, houve alta de 2,5% na mesma base de comparação. Já a massa de rendimento cresceu 5,8% no trimestre móvel encerrado em maio de 2025 na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Índice Geral de Preços - Mercado (Ibre/FGV): o IGP-M caiu caiu 1,67% em junho, abaixo da expectativa do mercado (-0,93%). No mês anterior, o índice havia registrado redução de 0,49%. Quando analisados os componentes do IGP-M, o IPA-M registrou deflação de 2,53% em junho. O IPC-M, por sua vez, avançou 0,22% no período. Por fim, o INCC-M subiu 0,96% na leitura atual. No acumulado em 12 meses, o IGP-M apresenta aumento de 4,39%. O componente com a maior alta nessa métrica é o INCC-M, com avanço de 7,19%, seguido pelo IPC-M, com alta de 4,32%, e pelo IPA-M, com aumento de 4,02%.

Índice de Confiança de Serviços (Ibre/FGV): o Índice de Confiança de Serviços caiu 1,2 ponto na passagem mensal para junho, encerrando o mês em 90,7 pontos, na série sem influência sazonal. Em maio, o indicador havia registrado 91,9 pontos. A redução no Índice de Confiança em junho foi puxada, sobretudo, pelo componente de Situação Atual, que diminuiu 1,5 ponto, fechando o mês em 92,7 pontos, ante o resultado de 94,2 pontos registrado em maio. O componente de Expectativas, por sua vez, caiu 1,0 ponto na passagem mensal, encerrando aos 88,8 pontos. Em maio, o componente havia marcado 89,8 pontos.

Índice de Confiança do Comércio (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Comércio registrou 89,3 pontos em junho, alta de 0,6 ponto em relação ao mês anterior (88,7 pontos em maio), dados com ajuste sazonal. O aumento no Índice de Confiança em junho foi puxado pelo componente de Expectativas, que avançou 4,0 pontos, fechando o mês 88,5 pontos, ante o resultado de 84,5 pontos registrado em maio. O componente de Situação Atual, por sua vez, teve queda de 2,8 pontos na passagem mensal, encerrando aos 90,6 pontos. Em maio, o componente havia marcado 93,4 pontos.

Síntese da semana:

Os destaques da agenda econômica desta semana foram as divulgações das sondagens setoriais, do IPCA-15 e da taxa de desemprego.

Segundo a FGV, a confiança do consumidor caiu 0,8 ponto em junho em comparação a maio, com queda tanto da avaliação da situação atual quanto das expectativas. Entre os setores, o comportamento da confiança foi variado. Enquanto na construção houve melhora de 0,7 ponto e no comércio de 0,6 ponto frente ao mês anterior, nos serviços a confiança caiu 1,2 ponto, assim como na indústria houve um recuo de 2,1 pontos, ao encerrar em 96,8 pontos, sendo a maior queda do ano.

Em relação à inflação, de acordo com o IBGE, o IPCA-15 aumentou 0,26% em junho. Esse resultado veio abaixo das projeções do mercado (+0,30%).

Por fim, segundo dados da PNAD Contínua, a taxa de desemprego referente ao trimestre móvel finalizado em maio ficou em 6,2%, abaixo da expectativa de mercado (6,4%). Esse resultado corresponde a um contingente de aproximadamente 6,8 milhões de desempregados. Essa foi a menor taxa de desocupação para esse período do ano desde o início da série histórica iniciada em 2012.

Agenda Econômica para a próxima semana: 30/06 a 04/07

30/06/2025 (Segunda-feira):