MACRO VISÃO FIESP – RESUMO
Prezado leitor,
Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:
Economia Brasileira
Focus: IPCA deve encerrar em 8,96% em 2021, segundo relatório Focus
Ibre/FGV: Índice de Confiança do Consumidor do mês de setembro encerra aos 76,3 pontos
CNI: Produção da indústria nacional indica estabilidade no mês de setembro
Ibre/FGV: Segunda prévia do IGP-M aponta variação de -0,03% em outubro
Secex: Exportações sobem 3,3% e importações aumentam 2,5% em média por dia até a terceira semana do mês de outubro em relação ao mesmo período de setembro
Focus: IPCA deve encerrar em 8,96% em 2021, segundo relatório Focus
A mediana das expectativas do mercado divulgado pelo relatório Focus do Banco Central indica que o IPCA de 2021 deve encerrar com variação acumulada de 8,96%, no relatório anterior era esperado IPCA de 8,69% no encerramento do ano. Ainda, há quatro semanas, o mercado tinha expectativa de crescimento acumulado de 8,51% do indicador no ano de 2021 (+0,26 p.p. no período). O centro da meta de inflação para 2021 é de 3,75%, podendo variar entre 2,25 e 5,25%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o relatório demonstra leve queda de 0,04 p.p. nas expectativas do mercado, devendo encerrar o ano em 4,97%, ante 5,01% do relatório anterior.
A taxa SELIC deve encerrar o ano em 8,75%, conforme a mediana das projeções do mercado, aumento de 0,5 entre as semanas (8,25% a cinco semanas atrás). Nesta semana, o COPOM realizará uma nova reunião ao qual haverá a decisão sobre o ajuste da taxa SELIC (dias 26 e 27 de outubro).
Por fim, a taxa de câmbio deve encerrar o ano equivalendo cada 1 Dólar a R$5,45, conforme a mediana das projeções do mercado, aumento de R$0,20 entre as semanas (US$1,00 = R$5,25 na semana anterior).
Ibre/FGV: Índice de Confiança do Consumidor sobe 1,0 ponto no mês de setembro
Índice de Confiança do Consumidor do mês de outubro encerrou em 76,3 pontos, avanço de 1,0 ponto em relação ao mês de setembro, quando marcou 75,3 pontos, dados com ajuste sazonal.
O indicador permanece indicando pessimismo dos consumidores por estar distante da linha de otimismo em 23,7 pontos (a partir de 100,0 pontos indica otimismo e abaixo, pessimismo). Vale ressaltar que o último indicador de confiança do consumidor com resultado acima dos 100,0 pontos com ajuste sazonal ocorreu no mês de dezembro de 2013 quando marcou 100,6 pontos. Na série recente (últimos 12 meses), o maior resultado do indicador foi em julho de 2021, aos 82,2 pontos.
O índice de expectativas apresentou aumento de 1,3 pontos no mês de outubro encerrando o mês em 82,4 pontos.
Já o índice de situação atual apresentou estabilidade com leve aumento de 0,2 ponto, aos 69,0 pontos no mês sendo o principal influente negativo do indicador geral.
Valores abaixo de 100,0 pontos indicam pessimismo da confiança do consumidor.
CNI: Produção da indústria nacional indica estabilidade no mês de setembro
Produção da indústria nacional encerrou o mês de agosto aos 50,0 pontos, queda de 3,0 pontos em relação ao mês anterior (53,0 pontos em agosto), o indicador demonstra estabilidade da produção da indústria nacional em setembro por estar exatamente nos 50,0 pontos conforme indicado na Sondagem Industrial.
Na comparação com o mesmo período de 2020, o indicador demonstra redução do ritmo de produção em 9,1 pontos (59,1 pontos em setembro de 2020 e 50,0 em setembro de 2021).
O nível de estoque encerrou o mês de setembro aos 50,1 pontos. Com leve aumento de 0,4 ponto em relação ao mês anterior.
O estoque efetivo/planejado apresentou aumentou moderadamente em 0,5 ponto em relação ao mês anterior e encerrou em 49,1 pontos (setembro), indicando que os estoques estão abaixo do desejável.
O nível de emprego encerrou o mês em 52,1 pontos, leve recuo de 0,2 entre os meses (52,3 pontos em agosto) e há a indicação de admissões no setor, entretanto, indica que o nível será menor que em agosto.
O NUCI – Nível de Utilização da Capacidade Instalada foi outro componente da pesquisa que apresentou estabilidade em relação ao resultado anterior (agosto) ao finalizar o mês em 72,0%.
Ibre/FGV: Segunda prévia do IGP-M aponta variação de -0,03% em outubro
Segunda prévia do índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aponta variação de -0,03% na leitura de outubro (estabilidade), ante queda de 0,64% do mês de setembro.
O resultado do mês é inferior ao comparado com o mesmo mês do ano de 2020 que apresentou variação de 3,23%. E no histórico recente (últimos 12 meses), esta é a segunda menor variação mensal do indicador de preços, superior apenas ao mês de setembro de 2021 com o resultado já citado no primeiro parágrafo.
Dos três indicadores que compõem o IGP-M, apenas o IPA-M mostrou retração de preços no mês de outubro na leitura mensal. Demais indicadores, IPC-M e INCC-M indicaram avanço no mês mas de forma menor que em setembro.
O IPA-M, índice de preços ao produtor amplo (mercado), apresentou variação negativa nesta segunda prévia do indicador com -0,32% no mês de outubro ante -1,21% do mês anterior, diferença de 0,89 p.p. entre os meses.
A variação do IPC-M foi de 0,98% no mês de outubro, resultado menor em relação ao registrado em setembro quando ficou em 1,19%.
Por fim, o INCC-M apresentou avanço 0,33% (-0,23 p.p.), também menor na comparação com o resultado do mês de setembro (0,56%).
No acumulado no ano até outubro, o IGP-M registra alta de 15,96% apresentando desaceleração em relação a setembro (16,00%). O IPA-M acumula crescimento de 18,76% em 2021, INCC-M, 12,37% e o IPC-M, 7,34%.
Em 12 meses o IGP-M acumula crescimento de 20,91% com desaceleração pelo quinto mês consecutivo (35,75% em junho, 33,83% em julho, 31,12% em agosto e tantos 24,86% em setembro). Nesta mesma ótica, o IPA-M mostra elevação de 24,93%, também em desaceleração por cinco meses seguidos (47,53% em junho, 44,25% em julho, 39,97% em agosto e 30,54% em setembro).
O resultado dos indicadores segue na tabela abaixo:
Secex: Exportações sobem 3,3% e importações aumentam 2,5% em média por dia até a terceira semana do mês de outubro em relação ao mesmo período de setembro
Conforme divulgado pela Secex, a média diária das exportações do país até a terceira semana de outubro passou de US$1.207,67 milhões em setembro para US$1.247,30 milhões no mês de outubro, aumento de 3,3% entre os meses.
No mesmo período, as importações apresentaram variação positiva de 2,5% na comparação da média por dia em relação ao mesmo período de setembro, sendo o valor médio por dia naquele mês de US$1.004,67 milhões e em setembro de US$1.029,40 milhões.
No acumulado até a terceira semana do mês de outubro, as exportações apresentaram queda de 13,9% em relação ao mesmo período do mês setembro, sendo US$12.473,00 milhões no mês de outubro e US$14.492,00 milhões em setembro.
As importações neste período de outubro apresentaram queda de 14,6% em relação ao mesmo período do mês setembro, sendo US$10.294,00 milhões no mês de outubro e US$12.056,00 milhões em setembro.
Em setembro, os valores acumulados até a terceira semana estavam considerados doze dias úteis, já em outubro foram considerados dez dias úteis.
*Acumulados até a terceira semana do mês.
O saldo médio diário da balança comercial até a segunda semana foi de US$203,08 milhões em setembro, com aumento para US$217,90 milhões em média no mesmo período de outubro.
O saldo da balança comercial no período é de US$2.179,00 milhões, queda de 10,6% em relação ao mês anterior (US$2.437,00 milhões).
Da mesma forma que os dados das exportações e importações, a apuração até a segunda semana de setembro teve 12 dias úteis, enquanto a de outubro teve 10 dias úteis.
Fonte: Macro Visão é uma publicação da: FIESP e CIESP
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