MACRO VISÃO SEMANAL FIESP- Edição 41 - 22/08/2022 a 26/08/2022
Prezado leitor,
Você está recebendo o Macro Visão Semanal. Veja os destaques:
Dados da economia brasileira e internacional na semana de 22/08 a 26/08
Síntese da semana
Agenda econômica para a próxima os dias 29/08 a 02/09
Dados da Economia Brasileira na semana: 22/08 a 26/08
Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado referente a 19 de agosto indica que o IPCA de 2022 deve encerrar em 6,82%, redução de 0,20 p.p. na comparação com o resultado da apuração anterior (7,02%). O centro da meta de inflação para 2022 é de 3,50%, podendo variar entre 2,00 e 5,00%. Para o PIB, o relatório aponta leve melhora nas expectativas do mercado, sendo esperado um crescimento da atividade do país no ano de 2,02%. No que se refere à taxa de câmbio, o mercado continua esperando que esta feche o ano em R$/US$ 5,20. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa SELIC permanece em 13,75% a.a. Para 2023, as expectativas sinalizam um crescimento menor para o PIB, de 0,39%. A perspectiva para o nível de preços, medido pelo IPCA, foi reduzida para 5,33%. A taxa Selic, por sua vez, deve fechar o ano em 11,00% e o câmbio permaneceu em R$/US$ 5,20.
Atividade de Comércio (Serasa): o Indicador de Atividade do Comércio de julho apresentou queda de 1,01% na comparação com o mês de junho, considerando os dados com ajuste sazonal. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a atividade do comércio apresentou redução de 0,19%. Já na variação acumulada em 12 meses, houve queda de 1,05% no setor.
Balança comercial (Secex): a média diária das exportações do país passou de US$ 1,24 bilhão em agosto de 2021 para US$ 1,36 bilhão até a terceira semana de agosto de 2022, aumento de 10,3% entre os períodos. No mesmo intervalo, as importações aumentaram 36,2% na comparação da média diária, saindo de US$ 889,0 milhões em agosto de 2021 para US$ 1,21 bilhão até a terceira semana de agosto de 2022. O saldo médio diário da balança comercial, por sua vez, foi de US$ 348,1 milhões em agosto de 2021, passando para US$ 153,6 milhões em média diária até a terceira semana de agosto de 2022, queda de 55,9%. O saldo total acumulado no mês de agosto até agora é de US$ 2,30 bilhões. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 42,19 bilhões (jan-ago/22).
Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15/IBGE): o IPCA-15 registrou redução de 0,73% no mês de agosto de 2022, variação negativa de 0,86 p.p. em relação ao IPCA-15 do mês de julho (+0,13%). O principal destaque no mês foi a variação negativa dos preços administrados, que apresentaram redução de 4,28%. Por outro lado, os preços livres registraram aumento de 0,53%. Na variação acumulada em 12 meses, o IPCA-15 tem alta de 9,60%. Os preços livres seguem pressionados, com alta de 11,89%, enquanto os preços administrados cederam para 3,32%.
Índice de Confiança do Consumidor (IBRE/FGV): o Índice de Confiança do Consumidor do mês de agosto encerrou aos 83,6 pontos, aumento de 4,1 pontos em relação ao mês imediatamente anterior, quando marcou 79,5 pontos, dados com ajuste sazonal. No entanto, este dado indica pessimismo dos consumidores no mês (a partir de 100,0 pontos indica otimismo e abaixo, pessimismo). O resultado de agosto é a maior confiança do consumidor dos últimos 12 meses. Vale ressaltar que o último resultado acima dos 100,0 pontos foi registrado no mês de dezembro de 2013, quando ficou em 100,6 pontos.
Índice de Confiança da Construção (IBRE/FGV): o Índice de Confiança da Construção avançou 1,4 ponto em agosto na comparação com o mês anterior, encerrando em 98,2 pontos, na série sem influência sazonal. Por estar abaixo dos 100,0 pontos, o índice continua indicando pessimismo para o setor. O último resultado em que os empresários da construção estiveram otimistas ocorreu em outubro de 2013, quando atingiu 100,4 pontos.
Síntese da semana:
Os indicadores econômicos divulgados durante a semana mostraram uma pressão menor sobre o nível de preços e retomada pontual da confiança em determinados segmentos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou deflação na leitura do mês de julho. O principal destaque no mês foi a variação negativa dos preços administrados, que apresentaram redução de 4,28%. Esse resultado foi puxado pelo grupo de transportes, sobretudo combustíveis, devido ao impacto remanescente da desoneração do ICMS. Por outro lado, os preços livres registraram aumento de 0,53%. Na variação acumulada em 12 meses, o IPCA-15 tem alta de 9,60%. Os preços livres seguem pressionados, com alta de 11,89%, enquanto os preços administrados cederam para 3,32% na mesma leitura. Os últimos resultados estão influenciando as expectativas sobre a inflação em 2022 e 2023. Há quatro semanas, a expectativa do mercado era de que o IPCA finalizasse em 7,30%. Na última leitura do Boletim Focus (19 de agosto), a projeção caiu para 6,82% (acima do teto da meta de inflação do Banco Central de 5,00%). Por outro lado, o IPCA esperado pelo mercado está em 5,33%. Os indicadores setoriais de confiança do mês de agosto permanecem em patamar pessimista (abaixo dos 100 pontos). Entretanto, o Índice de Confiança do Consumidor registrou o melhor resultado dos últimos 12 meses e foi puxado tanto pelo Índice de Expectativas quanto do Índice de Situação Atual. A melhora do mercado de trabalho e uma inflação menos persistente contribuem para esse resultado. O Índice de Confiança da Construção também avançou entre os meses de julho e agosto. Esse resultado veio com aumento do Índice de Expectativas e de Situação Atual. No entanto, o aperto monetário em curso e o crescimento do nível de incerteza, sobretudo conforme as eleições vão se aproximando, podem prejudicar essa recuperação. Por fim, em relação ao comércio exterior brasileiro, mesmo com as importações crescendo a uma taxa mais acelerada que as exportações, houve crescimento do saldo comercial. O saldo total acumulado no mês de agosto até agora é de US$ 2,30 bilhões e no ano é de US$ 42,19 bilhões.
Agenda Econômica para a próxima semana: 29/08 a 02/09
29/08/2022 (Segunda-feira):
Banco Central divulga o Relatório Focus.
FGV divulga Sondagem da Indústria.
30/08/2022 (Terça-feira):
FGV divulga Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), Sondagem do Comércio e de Serviços.
31/08/2022 (Quarta-feira):
FGV divulga Índice de Confiança Empresarial (ICE).
IBGE divulga dados da PNAD Contínua (Taxa de Desemprego).
01/09/2022 (Quinta-feira):
IBGE divulga Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.
HSBC divulga PMI Industrial do Brasil.
02/09/2022 (Sexta-feira):
IBGE divulga Produção Industrial Mensal.
CNI divulga Indicadores Industriais.
Fenabrave divulga Vendas de Veículos.
Fonte: FIESP e CIESP
Comments