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NA FIESP, ALCKMIN DEFENDE REFORMA TRIBUTÁRIA E PROGRAMA DE COMPETITIVIDADE VOLTADO A INDÚSTRIA

Atualizado: 6 de fev. de 2023



Propostas do vice-presidente vão ao encontro de bandeiras defendidas pela entidade. Para o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, reindustrializar o Brasil trará crescimento do PIB


Mayara Moraes, Agência Indusnet Fiesp


Ao participar da primeira reunião do ano da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, se comprometeu a olhar com atenção para duas questões caras à indústria de transformação paulista: carga tributária e competitividade.


Neste contexto, uma reforma tributária que simplifique o sistema atual, segundo ele, é central. Por isso, deve ganhar protagonismo e ser endereçada logo no primeiro ano do governo. “Ela está madura”, afirmou Alckmin, que defende a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), à semelhança do que existe em vários países, com a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “A reforma pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer e trazer eficiência.”


Alckmin defendeu também um programa voltado à produtividade e competitividade, pautado na Educação Básica de qualidade e na aproximação da academia do setor produtivo, na desburocratização e na expansão de acordos internacionais. Uma viagem do presidente Lula à Argentina, um dos principais mercados importadores do Brasil, está prevista para ocorrer na próxima semana, e a Comissão Bipartite Brasil – Argentina de Produção e Comércio estaria em vias de ser reinstalada, segundo o ministro.


“Três produtos primários, soja, minério de ferro e petróleo, respondem por 75% da exportação brasileira”, lembrou Alckmin. “É muito importante que o Brasil seja um grande competidor de bens agrícolas, mas temos que exportar produtos de valor agregado”, alertou.


O vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, citou a redução dos juros, o aprimoramento da infraestrutura nacional e a economia verde como forças motrizes para o país e os setores produtivos. Fotos: Karim Kahn/Fiesp


O ministro citou ainda a redução dos juros, o aprimoramento da infraestrutura nacional e a economia verde como outras forças motrizes capazes de imprimir à economia mais competitividade e beneficiar os setores produtivos do país.


“Precisamos fortalecer a agricultura, o setor de serviços e a indústria e apoiar especialmente as pequenas empresas, que precisam ter um olhar mais dirigido e possuem um enorme potencial pra crescer”, afirmou. “Queremos audiência e diálogo permanentes para poder aproveitar todas as oportunidades”, acrescentou.


Para o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, o novo governo “deu demonstrações claras de que deseja reindustrializar o Brasil”, um processo que vai garantir ao país um crescimento econômico a taxas elevadas e ferramentas para resolver problemas sociais.

“A indústria de transformação pode surpreender o Brasil se condições adequadas forem garantidas”, disse Josué.


Segundo ele, embora tenha um papel fundamental no desenvolvimento nacional, o setor tem apresentado uma performance aquém de seu potencial, nas últimas décadas. A participação da indústria no PIB brasileiro caiu de 20% na década de 1980 para os atuais 11%, embora ofereça os maiores salários, responda por quase 30% da arrecadação tributária e aporte 69% do total do investimento em pesquisa e desenvolvimento.


“O Brasil deixou de crescer a taxas elevadas quando a indústria de transformação perdeu protagonismo”, pontuou Josué. “Foram colocados sobre o segmento pesos indevidos, uma carga tributária elevada e um custo de capital altíssimo”, advertiu.


Em linha com o programa de competividade apresentado por Alckmin, Josué destacou a contribuição de Fiesp e Senai-SP nos campos de educação e legislação.


Em 2022, a entidade e seu braço voltado para a educação profissionalizante celebraram um convênio com gigantes da tecnologia para treinar, até o fim de 2025, 270 mil pessoas no que há de mais moderno no setor de tecnologia da informação, área com grande demanda por mão de obra qualificada.


Aprimoramento e simplificação da distribuição tributária é uma das pautas que vem sido discutidas junto com os sindicatos, enquanto a agenda de custo de capital vem sendo endereçada pela entidade em uma parceria com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).


Após a reunião da qual participaram diretores da Fiesp, presidentes e delegados de sindicatos, conselheiros e diretoria eleita, Alckmin almoçou com lideranças da indústria na sede da entidade.



Geraldo Alckmin participou da primeira reunião do ano da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

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